AS CONDIÇÕES DO PACÍFICO EQUATORIAL MOSTRAM A CONTINUIDADE DA LA NIÑA
De setembro até meados de outubro, houve intensificação e expansão das anomalias negativas de temperatura da superfície do mar (TSM) sobre grande parte do Oceano Pacífico equatorial, refletindo a persistência do fenômeno La Niña. Este comportamento das águas do Pacífico é resultado da intensificação dos ventos alíseos de leste nas áreas central e oeste do oceano, e também do aumento da ressurgência de águas oceânicas profundas mais frias para a superfície, sobretudo no leste do Pacífico. Por outro lado, na área oposta (oeste do Pacífico) houve acúmulo de águas mais quentes e diminuição da pressão atmosférica em função do ramo ascendente da célula de Walker, fatores que contribuem para o aumento da convecção e, por consequência, da precipitação na região da Indonésia. No Oceano Atlântico tropical, persistem as anomalias positivas de TSM, que contribuem para maior atividade convectiva no norte da América do Sul. . La NiÑa
La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao EL Niño, e que caracteriza-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos significativos no tempo e clima devido à La Niña.
No Brasil, e em especial no Nordeste, os impactos de La Niña são o aumento na quantidade de chuvas e na vazão dos rios,ao contrário do fenômeno El Niño que sempre ocasiona secas severas.